Paulo Silva não merecia a traição de Rodolfo
Um auto-golo de Rodolfo, a nove minutos do fim, impediu o Barreirense de conquistar o primeiro ponto fora de casa e acabou por trair a magnifíca exibição de Paulo Silva que defendeu tudo o que havia para defender.


Enfrentando o último classificado do campeonato e que nunca tinha vencido para o campeonato, Rui Bento apostou no mesmo onze da última jornada, algo inédito até agora. Assitiu-se a uma primeira parte morna, isto apesar do Moreirense ter tentado nos primeiros minutos controlar a partida embora nunca tenha incomodado verdadeiramente o guardião Paulo Silva.

O Barreirense tentou soltar-se mais no ataque á medida que o tempo passava e teve duas situações boas para marcar. Primeiro aos 16 minutos, Jairson foi derrubado á entrada da área e Pedro Duarte, na marcação do livre permitiu a defesa de Nuno Claro. Depois aos 33 minutos, Jairson teve nos pés a melhor oportunidade dos alvi-rubros, nesta 1ªparte, ao aproveitar a falha de Ivo e rematando cruzado para uma defesa complicada com os pés de Nuno Claro.

O Moreirense tentou reagir e cinco minutos depois Freddy teve também soberana ocasião de golo depois de uma falha dos centrais barreirenses, mas Paulo Silva negou o golo com uma excelente intervenção.

Pouco depois o intervalo chegou com o 0-0 a ser mais que justo numa 1ªparte onde merecem destaque duas situações de possível grande penalidade que Olegário Benquerença não assinalou. Primeiro foi Bruno Simão que deu a sensação de ter derrubado Bruno Mestre e pouco depois foi a vez de Manuel do Carmo ser impedido por Nuno Claro, num lançe que originou alguns protestos.

Com o nulo ao intervalo, Vitor Paneira, o técnico do Moreirense, apostou no, até aí, melhor marcador do campeonato, Armando, que entrou para o lugar de Freddy, muito desinspirado. E em jeito de repetição do que aconteceu no jogo frente ao Chaves, o Barreirense recuou no terreno e permitiu o ascendente dos homens de Moreira de Cónegos. A baliza de Paulo Silva começou então a ser constantemente ameaçada e o golo teve para acontecer por diversas ocasiões. Aos 9 minutos Armando cabeceou por cima. Aos 12, um grande remate de Orlando, num livre, obrigou Paulo Silva a grande defesa, para na recarga, Nei atirar por cima. Um minuto depois um desentendimento entre Rodolfo e Paulo Silva quase dava em golo num claro pressentimento do que viria a acontecer mais tarde. Aos 19 minutos, Marco Airosa corta um centro defeituosamente e teve que ser Miguel Ângelo a aliviar a bola que se encaminhava para o fundo da baliza.

A pressão era muito e Rui Bento opta, então por refrescar o sector mais ofensivo retirando Manuel do Carmo e colocando Mário Carlos na tentativa de ajudar o incansável mas desapoiado Jairson. O Moreirense ia carregando e Nei teve mais uma boa chance de cabeça negada, claro está por Paulo Silva.

Com 15 minutos para jogar o vendaval amainou e o Barreirense teve possibilidades de incomodar Nuno Claro num livre do acabadinho de entrar Hugo Machado, que rendeu o capitão Pedro Duarte. Pensava-se que o pior já tinha passado porque o Barreirense conseguia estender-se mais no terreno, mas aos 81 minutos um erro de Rodolfo deitou tudo a perder ao fazer um auto-golo traindo o desamparado Paulo Silva que não merecia tamanho castigo.

O Barreirense tinha que ir à procura do prejuízo e isso permitiu que Junas aproveitasse, em contra-ataque, para rematar à barra da baliza de Paulo Silva. Entrou Ayuk para o lugar de Hugo Morais, no último suspiro dos alvi-rubros e o mesmo Ayuk, no último minuto do encontro teve o golo do empate nos pés, isto após cruzamento de Jairson, mas o remate do camaronês foi defendido por Nuno Claro.

O jogo terminava logo de seguida com mais uma derrota do Barreirense. É a terceira em três jogos fora e pior que isso é a única equipa que ainda não marcou na condição de visitante. Melhores dias virão, concerteza. A arbitragem de Olegário Benquerença fica marcada pelas possíveis grandes penalidades não assinaladas.

Ficha do Jogo:

Parque Complexo Desp. : Joaquim A Feitas - Moreira de Cónegos
Árbitro - Olegário Benquerença ( Leiria )
Assistentes - Paulo Januário e Bertino Miranda
4º Árbitro - Marco Gomes

Moreirense - Hugo Claro; Leonardo, Orlando, Ivo Afonso, Serafim, Clemente ( Junas 72'), Paulo Sérgio, Ney, Freddy ( Armando 45'), Bruno Mestre ( Nuno Fonseca 74'), Everton
Não jogaram - João Carlos, Bruno Sousa, Luís Carlos, Carlos Manuel
Treinador - Victor Paneira
Disciplina - nada a registar

Barreirense - Paulo Silva; Marco Airosa, Miguel Ângelo, Rodolfo, Bruno Simão, Marco, Saavedra, Hugo Morais ( Ayuk 83'), Pedro Duarte ( Hugo Machado 74'), Manuel do Carmo ( Mário Carlos 66') e Jairson.
Não Jogaram - Pedro Cardoso, Baltazar, Paulo Filipe, Moreira
Treinador - Rui Bento
Marcador - Rodolfo (81'PB)
Disciplina - Bruno Simão (44')

Intervalo - 0-0

Nas cabines:

Vitor Paneira (treinador do Moreirense): "Esta vitória foi muito desejada e merecida. O Barreirense é uma boa equipa mas se vencemos com um auto-golo, a nossa postura na segunda parte justificou um resultado mais amplo."

Rui Bento (treinador do F.C.Barreirense): "Tínhamos a intenção de ganhar. No iníico tivemos uma excelente prestação mas o nosso recuo resultou no golo que sofremos quando menos esperávamos."

Fotos do jogo >>>
Fotos dos adeptos >>>