Ao som de músicas dos anos 80 entre patcholys e chiclets, com uns a dormir, outros na conversa, e mais alguns lendo os jornais do dia, lá chegámos à nossa primeira e única paragem da manhã, Santarém, onde deu para ir às "boxes" e tomar o cafézinho. No reatamento da viagem, entrou em cena o mascarilha Zorro, olé! O filme animou parte da viagem, mas como era extenso, só deu para ver parte. O herói voltaria mais tarde, porque já estávamos em Aveiro, onde chegámos por volta do meio-dia.
Dia de muito calor e eis que chegados, claro que uma fotografia de conjunto ficaria sempre bem, pois então. Tínhamos 3 horas livres para desfrutar no centro da cidade e já chegava a hora de almoçar. Não foi difícil encontrar um local de repasto, pois a oferta era variada. Domingo é sinónimo de almoços familiares, e foi o que encontrei. Lá fora, com vista para o parque, era ver passar grandes máquinas automóveis e não só. Qualidade de vida, numa "Buenos Aires" portuguesa.
Para a sobremesa, ficou o passeio junto à ria, onde os barcos moliceiros repousavam, deu também para visitar a loja amarela do Beira-Mar, onde alguns adeptos compraram os seus ingressos a preços muito acessíveis (5). Tempo ainda para conhecer o Fórum local e comprar diversos "recuerdos", onde figuram os famosos ovos moles, nas muitas tendas espalhadas pela zona histórica.
Estava quase na hora de ir para o "euro-estádio". Voltámos ao bus "fresquinho" (onde é que se abre a janela?) para ir de encontro ao bonito e multicolorido Municipal de Aveiro. O movimento já começava a ser muito e entre o amarelo dominante dos aveirenses as cores alvi-rubras também se faziam notar.
O jogo começava e com o decorrer da partida a voz a ficar mais rouca, nem se notando quem estava no fundo e no cimo da tabela. Foi uma partida muito equilibrada em que o Barreirense poderia ter vencido com um pouquinho de sorte. Aquela que nos tem faltado ao longo desta época, mas enfim...
Final da partida e após uns arrufos de uma adepta ferverosa do Beira-Mar que se queixava do "árbitro de Almada", lá fomos saíndo de encontro aos companheiros de viagem que já estavam no prolongamento, alguns deles já nas marcações de "penaltys". Não sem antes trocar de cachecol com um amigo aveirense que me confidenciava: "O Barreirense vai-se safar!"... Que bom que era!
6 e meia da tarde, regresso ao Barreiro, o trajecto correu sem sobressaltos até casa, a não ser termos de levar novamente com o Zorro (ninguém o pára), ouvir o relato do jogo do clube da 2ª circular (o SLB) a meias com uma companheira de jornada, em headphones, porque o som do rádio não chegava às traseiras do veículo devido ao Banderas e su muchacha. O que vale é que "na val"eu.
Anoitecia e a viagem seguia a bom ritmo (com 2 paragens pelo meio para descomprimir e arejar) e ao som de Quim, o Barreiros e outras pimbalhadas lá chegámos ao velhinho estádio por volta das 11 da noite. Daqui a menos de 2 semanas a saga continua nos Açores. E eu já tenho os remos...
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