Nesta fase de preparação em que é importante ganhar ritmo, difícil seria o V. Setúbal não denotar deficiências, mesmo com adversários de escalões inferiores. O ensaio de ontem, frente ao Barreirense, da II Divisão B, demonstrou que os sadinos ganharam uma dinâmica que não haviam apresentado com o Leixões, outra equipa do quarto escalão, no sábado, mas mostrou também que há aspectos a trabalhar.
Frente a uma equipa com uma preparação mais atrasada , o V. Setúbal evidenciou falta de profundidade no último terço do terreno, tanto no primeiro tempo, em que Luís Campos perfilou uma formação próxima do modelo que pretende, como no segundo, em que, dadas as insuficiências do plantel, foi obrigado a colocar o médio Chipenda no eixo da defesa.
O colectivo de Luís Campos até revelou já uma boa circulação de bola até à área contrária do Barreirense, equipa que actuou na véspera, frente ao Boavista, e que preencheu bem os espaços, mas que se mostrou incapaz de responder com acutilância. Aliás, apenas aos 17 minutos, na circunstância por Monzelo, a tranquilidade de Marco Tábuas foi interrompida.
Se a desatenção defensiva que originou o golo do Barreirense resulta num erro a corrigir, o empate, no cair do pano da primeira parte, não disfarçou as deficiências no ataque, nem mesmo na segunda parte, em que Luís Campos utilizou a velocidade de Celino (saiu lesionado) e a argúcia de Hugo Henrique. Mas sem conseguir marcar a um adversário mais desenvolto depois do intervalo, em que Luís Campos abandonou o 4x2x3x1 e ensaiou um esquema táctico mais ofensivo.
Ala esquerda interventiva
Numa equipa que revela estar rotinada, a ala esquerda mostrou-se interventiva. No primeiro tempo, Nélson Veiga revelou pujança, incorporando-se irrepreensivelmente nas acções ofensivas e combinando bem com Vasco Matos. Depois do intervalo, foi Jorge Celino a destacar-se pela velocidade, bem servido por Rui André.
No resto, destacam-se as actuações positivas de Hélio , Jorginho (muito activo, com um desvio algo fortuito no golo) e Rodrigo (o guarda-redes foi chamado mais vezes a intervir do que Tábuas, mas fê-lo sempre com segurança, evitando ocasiões protagonizadas por Tamandaré e Rolão).
Pela negativa, há que referir Hugo Costa e Hugo Alcântara, centrais que estavam a controlar as operações na defesa com serenidade, mas que falharam na marcação a Rolão, no golo do Barreirense. Jean Paulista rasteirou Raminhos numa atitude intempestiva e condenável.
In "Record Online"
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